Em 15 de agosto de 1910, através da Bula Papal Praedecessorum nostrorum, o Papa Pio X foi aprovada a criação das dioceses de Uruguaiana, Santa Maria e Pelotas e Porto Alegre foi elevada à categoria de sede metropolitana. Contudo, a instalação da Diocese de Uruguaiana aconteceu somente em 9 de maio de 1912, com a posse de Dom Hermeto José Pinheiro - Primeiro Bispo diocesano.
Com a criação da Diocese de Uruguaiana, o antigo território dos Sete Povos das Missões ficam incorporados a nova Diocese. Da Diocese de Uruguaiana originou-se parte do território da Diocese de Bagé (1960) e a totalidade do território da Diocese de Santo Ângelo (1962).
Pertenciam inicialmente a Diocese de Uruguaiana as cidades de Alecrim, Alegrete, Vila Alegria, Cacequi, Caibaté, Campina das Missões, Catuípe, Cerro Largo, Cinquentenário, Dom Pedrito, Giruá, São Vicente, Guarani das Missões, Horizontina, Inhacorá, Itaqui, Mata, Piapó, Porto Lucena, Quaraí, Livramento, Santa Rosa, Rosário do Sul, Santo Ângelo, Santo Cristo, San-tiago, São Borja, São Francisco de Assis, São Gabriel, São Luiz Gonzaga, São Miguel, São Paulo das Missões, São Pedro do Pontão, Três de Maio e Tucunduva.
Hoje, a Diocese de Uruguaiana está situada no oeste do Rio Grande do Sul, contando com 13 Municípios - Uruguaiana, Alegrete, São Borja, Quaraí, São Francisco de Assis, Santiago, Itacurubi, Itaqui, Manoel Viana, Maçambará, Barra do Quaraí, Unistalda e Capão do Cipó - e 398.695 habitantes, num território de 35.439 km².
Atualmente a diocese dispõe de 17 Paróquias -sendo uma coordenada por Comunidade Religiosa -, num total de 292 Comunidades, com 12 casas religiosas e 07 Escolas Católicas, que integram 30 Religiosos. Ao lado de grande número de leigos, a ação evangelizadora é dinamizada por um clero que conta com 26 Padres Diocesanos, 03 Religiosos Padres e 08 Diáconos Permanentes.
Padroeiros Diocesanos:
São Miguel Arcanjo, por Declaração do Papa Pio XI, de 18.06.1925
Nossa Senhora Conquistadora, por Breve Apostólico do Papa Pio XII, de 07.06.1957
Descrição do Brasão Diocesano:
1) As insígnias próprias de uma Diocese, na parte superior: a mitra, o báculo pastoral e a cruz. Símbolos do anúncio do Evangelho e da doação do Bispo para com seu rebanho;
2) A cor verde do escudo remete ao bioma Pampa, aos campos, bastante significativos no território diocesano – nossa Terra Santa, com toda sua produção agrícola e pecuária;
3) A Cruz Missioneira, remete à primeira evangelização realizada no território diocesano pelos missionários jesuítas Pe. Roque Gonzáles, Pe. Afonso Rodrigues e Pe. João de Castilhos, bem como à fundação dos sete Povos das Missões, dos quais São Borja foi o primeiro.
4) Os rios Uruguai e Ibicuí, representados nos traços azuis. São os dois principais e extensos rios que perpassam o território diocesano, por onde navegaram os primeiros missionários jesuítas, evangelizando os nativos desta terra;
5) A Bíblia aberta, com as letras do alfabeto grego ‘alfa’ e ‘ômega’, é a mensagem de Cristo, Senhor do tempo e da história, o princípio e o fim, que devemos anunciar e testemunhar, como discípulos missionários;
6) A estrela, representa a devoção mariana, tão presente na vida de nosso povo e Nossa Senhora Conquistadora, padroeira da Diocese, juntamente com São Miguel Arcanjo. Maria é a estrela da evangelização, um ponto de referência constante para a Igreja.
7) A espada, as asas e a balança, representam São Miguel Arcanjo, primeiro padroeiro da Diocese. Na tradição da Igreja São Miguel é o defensor do Povo de Deus frente às forças do mal e aquele que pesa as almas na balança.
“Eu sou a videira, vós sois os ramos,
árvore santa, que meu Pai plantou e ama.
Que dá bons frutos, com sabor de Espírito,
nesta Diocese, Terra Santa, Uruguaiana”.
(“SER IGREJA DE URUGUAIANA”, Fr. Luiz Carlos Susin)